terça-feira, 6 de maio de 2008


Ele a olhava.
Estava com uma garrafa de cerveja na mão, parecia despretensioso, desalinhado.
Ela correspondia.
Pois gosta de homens desarranjados e fora do convencional.
Olhares trocados sem nenhuma profundidade aparente
Ele chega ao seu lado e com uma ar descarado lhe pede um beijo
Ela diz que não, mas não dispensa a conversa. Ele é interessante conclui
Pelo menos não ama as amenidades da vida, como muitos po aí.
Parece simples, sincero, e é mineiro (coincidência pois a família dela também é de lá, o que rende muito bate-papo)
Seus cabelos eram de anjo, seus olhos azuis como o céu em dia de sol e a graciosidade do seu sorriso a encantou.
Trocam informações sobre a vida e no final ele diz:
“Nenhuma mulher conversaria comigo como você”. Xaveco puro? Ela acha que não! Prefere acreditar que aquele mar de olhos transparecia sinceridade.Mas um beijo premeditado naquela noite não lhe agrada, prefere ficar com suas confabulações internas sobre amores vãos.
No final uma vontade de abraçá-lo e de ser envolvida por ele, mas o divertimento com as amigas parece melhor e mais engraçado.
Ela o dispensa.
“ Se me quiser eu estou ali” , se oferece descaradamente.
Ela ri.
A noite dança
A música rola
E chega a aurora
E junto com ela...o anjo aparece
Seus olhares se entrelaçam no meio do povo, no meio daquela gente

...

...

Ela não resiste e é envolvida por ele


...
...

Depois do silêncio ela se vai

-Casa comigo?
Ela ri e não acredita nesta pergunta.
Prefere pensar que tudo isto é uma brincadeira de mau gosto.
- Quando nos encontrarmos novamente casamos tá? Responde em tom sarcástico
- O meu mundo ficaria completo com você, sussurra no seu ouvido.
Ela lhe dá um beijo de adeus...
Cada um segue o seu caminho
Ele fica com a rua chamada à procura de um amor
Ela com segue na rua do sentimento metafísico, abstrato com seu cepticismo mórbido.

Um comentário:

Anônimo disse...

Triste este sentimento abstrato!

Bjs

Bia