sexta-feira, 8 de agosto de 2008


Interminável
Só a escrita alivia essa minha dor, hoje vi numa esquina de São Paulo uma prostituta, encostada num carro, ali ela conversava com o indivíduo e com certeza informava-lhe o valor da noite de "prazer". Seu nome? Não sei, pode ser Júlia.
Júlia inocente
Indecente
Querida Júlia
Se droga, embebeda-se, sai com homens que não conhece
Sem carregar pudor
A única vergonha de Júlia é seu corpo
Ouve Billie Holiday e lembra que como a diva foi estuprada quando criança.
Júlia, vítima da vida.
Júlia é triste e vive nas esquinas, tenta desvendar o mundo nas calçadas de São Paulo,
Júlia é mulher da vida, prostituta e promíscua
Pensa em largar tudo, mas é só lamúria, assim é Júlia
É inocente, indecente, vende-se a preço módico
Assim como tantas outras,
Marias, Joanas, Shirleys, Patrícias, só mudam os nomes, as posições e a voz ao telefone
Vida triste, bandida e com penúria
Muitas seguem esta vida
A vida de Júlia

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