sexta-feira, 30 de maio de 2008

CéU é seu nome


"O rótulo da MPB ficou limitado.

Ele é bem abrangente,

afinal é música popular brasileira.

E me considero isso.

Quando vou fazer um som, me alimento do que gosto e,

como muitos outros da minha geração, me alimento não só de coisas específicas.

Gostamos de ouvir música da Jamaica, agora estou escutando música etíope.

Não penso que [tipo de] música estou fazendo.

Simplesmente faço um som."

quarta-feira, 28 de maio de 2008


A contingência das horas e minutos forma o tempo.
Depois ele cai em nossas mãos e temos que administrá-lo, dividi-lo, multiplicá-lo, somá-lo, fazer regra de três e o escambau.
Lutamos por um espaço no mundo insano. Mesmo que micro, mesmo que mini.
Ficamos na espreita da vida. Alguns buscam ser protagonistas outros coadjuvantes.
Uns querem ser astros, outros planetas ou estrelas, aquele, quer ser algo desconhecido, um objeto não identificado. Óvni?
Eu quero ser a lua, mesmo que só viva a noite para clarear, que no anoitecer traz paz.
Lua nova, lua cheia e às vezes minguante, multifacetada, que tem todas as caras.
Todas as vidas.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ela tenta esquecer um amor,
uma dor que insiste em não sair
se apaixonou achando que era pra sempre. se enganou. se iludiu.
decepcionou-se. sofreu e descreu.
Sem mais delongas, aprendeu a chorar, desabou. não agüentou
Entre riscos e tolices ficou
Na corda bamba da vida
Teve saudades de tudo, da época de colégio
Daquele amor platônico, do recreio
Do primeiro beijo
Dos domingos no Ibirapuera com o pai e a irmã
Recordou a vida durante o momento de descrença
De desamor
Olhou pro céu, pra lua e decidiu que teria que mudar
Esquecer de vez era preciso
Mas como arrancar aquele sentimento e a leve angústia?
Sucumbida , sacudida...
E o silêncio permaneceu
Dormiu entre travesseiros, seu cheiro e solidão

Ao clarear,

Pediu a ajuda de Deus, dos céus para os dias que seguem
Que o novo amor chegue
E que a vida continue, mesmo na dor
Porque ela não desiste
Daquele que a espera para um sonho surreal
No presente, no instante, na vida que segue.
No agora

sábado, 24 de maio de 2008

Parem de Falar mal da rotina!





Exatamente duas horas e quarenta minutos de espetáculo, que não vi, não senti , os minutos escorreram pela alma vazia, à procura de respostas.

Dificuldades borbulhando dentro da mente.

Até que ela, Elisa Lucinda entrou em cena: nua, crua, vasta de sentimento e emoção, flor da aurora, divina senhora no palco da vida.

Momentos de riso extremo e choro contido, este espetáculo mexeu comigo de uma tal forma que ainda procuro palavras para explicar.

Situações diárias que passam despercebidas no dia a dia, porém quando levadas a reflexão nos fazem viajar e rir de tudo, de todos, de nós. uma espécie de espelho capaz de projetar mil possibilidades, provocar verdadeiras transformações em nossas relações sociais, de trabalho e pessoais.

Chegar a conclusão que somos atores, diretores, roteiristas, produtores e muitas vezes vítimas das nossas próprias decisões.

O Eu te amo de ontem não é o mesmo de hoje, o de quem vai viajar não é o mesmo de quem fica. A virgindade dos dias, das horas e dos minutos.

Não falem mal da rotina! Pois quem a cria somos nós!

E no final chegar a conclusão que se reclamamos tanto deste feijão-com-arroz que a nossa rotina chegou, precisamos mudar. Colocar uma pitada de sal, um novo tempero, do amor, da calma e lealdade. deixar que aquela criança que está dentro da gente ajude-nos a tornar a vida um espetáculo inocente.


(Poema de Elisa Lucinda)


Parem de falar mal da rotina

parem com essa sina anunciada

de que tudo vai mal porque se repete.

Mentira. Bi-mentira:

não vai mal porque repete.

Parece, mas não repete

não pode repetir

É impossível!

O ser é outro

o dia é outro

a hora é outra

e ninguém é tão exato.

Nem filme.

Pensando firme

nunca ouvi ninguém falar mal de determinadas rotinas:

chuva dia azul crepúsculo primavera lua cheia céu estrelado barulho do mar

O que que há?

Parem de falar mal da rotina

beijo na boca

mão nos peitinhos

água na sede

flor no jardim

colo de mãe

namoro

vaidades de banho e batom

vaidades de terno e gravata

vaidades de jeans e camiseta

pecados paixões punhetas

livros cinemas gavetas

são nossos óbvios de estimação

e ninguém pra eles fala não

abraço pau buceta inverno

carinho sal caneta e quero

são nossas repetições sublimese

não oprime o que é belo

e não oprime o que aquela hora chama de bom

na nossa peça

na trama

na nossa ordem dramática

nosso tempo então é quando

nossa circunstância é nossa conjugação

Então vamos à lição:

gente-sujeito

vida-predicado

eis a minha oração.

Subordinadas aditivas ou adversativas

aproximem-se!

é verão

é tesão!

O enredo

a gente sempre todo dia tece

o destino aí acontece:

o bem e o mal

tudo depende de mim

sujeito determinado da oração principal.
Foda não?
Fica aí a dica:
Peça escrita , dirigida e encenada por Elisa Lucinda
Teatro Imprensa
Rua Jaceguai, 400 - Bela Vista

Sextas e Sábados às 21:00
Domingos às 20:00








sexta-feira, 23 de maio de 2008

Nó na garganta.
Sai da minha vida, não pergunta de mim pra ninguém.
Você não entende?
Sofri durante um ano do seu lado, tanto vai e vem dentro da gente
Seu pai morreu, fiquei do seu lado, lhe dei apoio, amor...
Chorei contigo
...
...
...
Nos separamos com a promessa que iriamos nos decidir
dariamos um jeito em tudo,
Naquele nosso sonho
Que acabou, se quebrou por uma decisão sua.
Você decidiu viver com outra pessoa.

Algo dentro de mim fala:
Não olhe para trás, seja forte menina
Acorda!
Já é outro dia...

quinta-feira, 22 de maio de 2008


O problema do meu violão
É que muitas vezes ele toca a mesma melodia

Paro.

Mudo a canção
Altero as notas
Viajo entre os acordes maiores e menores, sustenidos, pestanas.
Afino.
E enfim acredito que estou bem.
Me recupero.
Respiro.
Solto a canção mais bela.

Mas de repente
Não mais que isso

A velha melodia volta outra vez
e me desafina por inteiro.
Nestas horas só preciso de um diapasão
Pra equalizar tudo aqui dentro.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Recados aos queridos leitores

Dias agitados, viagem, TCC, grava rádio, tv, escreve, escreve, escreve...
Sei que este blog infame não é lido por muita gente, mas estes pequenos leitores têm reclamado pois não atualizo isso aqui.
Devo explicações minha gente.
Estou com um projeto de um blog cultural, uma coisa mais cult, sobre livros, teatro, música, muita coisa legal e tenho dedicado meu tempo lendo sobre isto.
Ainda mais, inventei e comprei uma gaita, agora segura! Minha mãe já não aguenta mais (ela não aguenta porque eu não sei tocar rs).
Mas não se preocupem não abandonarei este "mundinho nerd" por enquanto.

Beijos

Meggy A.