domingo, 24 de maio de 2009

" Quem mandou você passar, pelo meu caminho..."

domingo, 17 de maio de 2009

Súplica


A correria, a cobrança, o todo dia as vezes me sufoca tanto que eu perco o brilho nos olhos, deixo de ver poesia em todas as coisas....
desfaleço, entristeço e procuro achar um caminho no meio do caos
um livro, a família, um bar, amigos, uma fé, um Deus, uma música.
Mas depois vejo que tudo são consequências...
e que algumas coisas precisam ser vividas,passadas no fogo, como um diamante. Saca?
Ontem eu pedi que a chuva descesse pra lavar a alma, ou ao menos regar esta planta
que está no meio das pedras, e que pede para crescer todos os dias.
Florescer e enfim trazer cor.
Sinto que a chuva vem, bem devagar....

terça-feira, 12 de maio de 2009

É... espaço é curto quase um curral?
Na mochila amassada uma vidinha abafada?
Meu troco é pouco, é quase nada

(O Rappa - Rodo cotidiano)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade."



Pablo Neruda